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Custo beneficio e colaterais das canetinhas.

  • rafafulano86
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura
canetinhas emagrecedoras
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Perfil de Efeitos Colaterais: Tolerabilidade Comparativa



O perfil de efeitos colaterais é um fator crucial na escolha entre tirzepatida e semaglutida, pois pode influenciar significativamente a aderência ao tratamento e a qualidade de vida dos pacientes. Ambos os medicamentos compartilham um perfil geral de efeitos colaterais similar, predominantemente gastrointestinais, mas existem diferenças sutis em frequência e intensidade que podem ser relevantes para a decisão terapêutica.



Os efeitos colaterais mais comuns com ambos os medicamentos incluem náusea, vômito, diarreia e constipação. Estes efeitos são geralmente dose-dependentes, mais frequentes durante o período de escalação de dose, e tendem a diminuir com o tempo à medida que os pacientes desenvolvem tolerância. A náusea é tipicamente o efeito colateral mais relatado e pode ser o fator limitante mais significativo para alguns pacientes.



No estudo SURMOUNT-1 com tirzepatida, a incidência de náusea variou de 12% a 18% dependendo da dose, comparado a 6% no grupo placebo [3]. Diarreia foi relatada por 12% a 14% dos participantes, e vômito por 2% a 6%. Importante destacar que a maioria destes eventos foi classificada como leve a moderada em intensidade e resultou em baixas taxas de descontinuação do tratamento.



No estudo STEP 1 com semaglutida, a incidência de náusea foi de 58,9% no grupo semaglutida comparado a 17,8% no placebo, representando uma frequência consideravelmente maior do que a observada com tirzepatida [4]. Vômito foi relatado por 24,8% dos participantes tratados com semaglutida, também superior às taxas observadas com tirzepatida. Diarreia ocorreu em 30,0% dos participantes com semaglutida.



Esta diferença no perfil de efeitos colaterais gastrointestinais pode parecer paradoxal, considerando que a tirzepatida demonstra maior eficácia na perda de peso. Uma explicação possível reside no mecanismo de ação dual da tirzepatida, que pode proporcionar efeitos terapêuticos superiores com menor intensidade de efeitos gastrointestinais através da modulação mais refinada dos sistemas hormonais envolvidos.



As taxas de descontinuação devido a efeitos adversos também diferem entre os medicamentos. No estudo SURMOUNT-1, as taxas de descontinuação variaram de 4,3% a 7,1% nos grupos tirzepatida [3]. No estudo STEP 1, a taxa de descontinuação devido a efeitos adversos foi de 7,0% no grupo semaglutida [4]. Embora estas diferenças sejam relativamente pequenas, elas podem ser clinicamente relevantes na prática.



Efeitos colaterais graves são raros com ambos os medicamentos. Pancreatite, uma preocupação teórica com agonistas de incretinas, foi extremamente rara em ambos os estudos. Não foram relatados casos de câncer medular de tireoide em nenhum dos estudos, embora o seguimento a longo prazo continue sendo importante para monitorar esta possibilidade teórica.



Custo-Benefício: Análise Econômica Comparativa



A análise de custo-benefício entre tirzepatida e semaglutida é complexa e deve considerar não apenas o custo direto dos medicamentos, mas também sua eficácia relativa, impacto na qualidade de vida, e potencial para prevenir complicações caras associadas à obesidade. Esta análise é particularmente relevante no contexto brasileiro, onde considerações econômicas frequentemente influenciam decisões terapêuticas.



O custo direto da tirzepatida é geralmente superior ao da semaglutida, refletindo sua posição como medicamento mais recente e tecnologicamente avançado. No entanto, uma análise de custo-efetividade deve considerar a eficácia superior da tirzepatida, que pode resultar em melhor valor terapêutico por unidade de peso perdido ou por ano de vida ajustado por qualidade (QALY) ganho.



Estudos farmacoeconômicos preliminares sugerem que, apesar do custo inicial mais alto, a tirzepatida pode oferecer melhor custo-efetividade a longo prazo devido à sua eficácia superior [6]. A maior perda de peso alcançada com tirzepatida pode traduzir-se em maiores benefícios na prevenção ou melhora de comorbidades como diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia e apneia do sono, resultando em economia significativa nos custos de saúde a longo prazo.



A durabilidade dos resultados também é um fator importante na análise econômica. Embora dados de longo prazo ainda sejam limitados para ambos os medicamentos, estudos de extensão sugerem que os benefícios da perda de peso são mantidos enquanto o tratamento é continuado. A maior eficácia da tirzepatida pode traduzir-se em maior satisfação do paciente e melhor aderência ao tratamento, fatores que influenciam positivamente o custo-efetividade.



Considerações individuais também são importantes na análise de custo-benefício. Pacientes que respondem bem à semaglutida com efeitos colaterais mínimos podem não justificar a mudança para tirzepatida. Por outro lado, pacientes que experimentam efeitos colaterais significativos com semaglutida ou resposta inadequada podem se beneficiar da mudança para tirzepatida, apesar do custo adicional.

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